quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Resoluções Aprovadas em Reunião da UBES em Brasília.

Resolução da UBES sobre a Conjuntura Nacional

Os povos da América Latina estão cada vez mais dispostos a construir uma alternativa ao imperialismo e ao neoliberalismo. Isso tem sido demonstrado ao longo dos últimos anos com grandes mobilizações em torno de projetos diferenciados, a exemplo da Venezuela, da Bolívia, da já histórica resistência em Cuba, os brasileiros, durante as eleições de 2006 reafirmaram a necessidade de um amplo processo de mudanças, anti-neoliberal e anti-imperialista.
A UBES, junto com as entidades que compõem a CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais) tem sido protagonista das lutas por essas mudanças que o povo elegeu para serem implementadas. As críticas têm sido feitas de forma responsável, mas sempre chamando para a mobilização do povo, os estudantes pelas mudanças. As mobilizações e ações contra a política macroeconômica, a vigília permanente contra qualquer tipo de reforma que possa retirar direitos do povo são marcas dessa ação conjunta do movimento social brasileiro que retoma a sua unidade, inclusive com entidades que não fazem parte da CMS, a exemplo do que ocorreu no último 23 de Maio, quando o povo foi às ruas para lutar por nenhum direito a menos.
A unidade dos movimentos sociais contra todo e qualquer tipo de corrupção tem que ser uma preocupação constante da UBES, que deve reafirmar a necessidade da investigação, sempre que houver qualquer acusação e punição exemplar para os comprovadamente culpados. Tudo isso deve ser feito em conjunto com nossas lutas por uma ampla reforma política e a desconstrução do discurso dos setores mais conservadores da sociedade que, em conjunto com os grandes meios de comunicação, somente querem inviabilizar qualquer possibilidade de mudanças reais.
A eleição de Lula para o segundo mandato aumentou a sua responsabilidade de intensificar o projeto de mudanças, afinal a luta popular contra o neoliberalismo e suas privatizações barrou a continuidade do projeto entreguista que vinha sendo implementado em nosso país. O Governo tem a responsabilidade de construir uma pauta de desenvolvimento que garanta um salário mínimo justo e o pleno emprego de verdade.
Alterar urgentemente os rumos da política macroeconômica, beneficiando a maioria da população e não os banqueiros é o que espera o povo brasileiro que, além de eleger o atual governo ainda acredita que ele tem as condições de realizar as mudanças. Essas mudanças é que abrirão as condições para a geração de emprego, investimentos em infra-estrutura e aumento substancial dos recursos para a educação, saúde, habitação, ciência e tecnologia e outros essenciais para todo o povo.
A UBES não abre mão da mobilização popular como impulsionadora das mudanças. A UBES, em conjunto com outras entidades como UNE, MST, CUT, precisa elaborar uma agenda política que jogue papel determinante na construção desta nova pauta de desenvolvimento do país. Sem o povo nas ruas as mudanças e transformações não virão.

Independência da UBES frente ao Governo Lula, indo as ruas para exigir as mudanças necessárias para o povo brasileiro;
Pela manutenção do veto presidencial à emenda 3, que tira direitos dos trabalhadores;
Contra qualquer reforma que ataque as conquistas e direitos históricos dos trabalhadores;
Contra a política macroeconômica aplicada atualmente pelo Banco Central; Redução dos Juros e fim do superávit primário Já! Não à Autonomia do Banco Centra! Fora Meireles!
Amazônia é patrimônio dos brasileiros e da América latina! Soberania e desenvolvimento sustentável Já!;
Por uma Reforma Urbana, Rural e Agrária que atenda à demanda da população brasileira;
Fortalecer a intervenção da UBES na Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS)
Lugar de corrupto é na cadeia! Apuração das denuncias no âmbito federal, estadual e municipal;
Contra a redução da maioridade penal;
Pela anulação do leilão da Vale do Rio Doce, todo apoio ao plebiscito nacional;
Reverter o pagamento da dívida externa para financiamento em educação.
Pela democratização dos meios de comunicação! Não à renovação automática dos direitos sobre os canais públicos de rádio e TV, a exemplo da concessão da Rede Globo, que vencerá em breve.